Fazer música de câmara com flautas doces é transitar no velho e no novo mundo das expressões musicais. No Brasil, a relação com o antigo nos fascina pelo risco criativo que corremos em nossas interpretações de um texto musical. Artisticamente, temos a liberdade que a licença poética nos oferece através do distanciamento do convívio das regras estéticas da música europeia. Já a relação com o novo, tem o gosto da vanguarda, do ‘estar à frente’, abrindo novos cenários para o instrumento estrangeiro, dentre eles, o universo da música brasileira.
O Falando Brasileiro está recheado de composições originais para flautas doces e de arranjos de melodias consagradas. Com este novo trabalho, utilizando instrumentos que proporcionam uma “fala”, o grupo apresenta o ‘sotaque’ brasileiro: uma mistura de diferentes ritmos herdados da música africana e da fluente melodia herdada da música européia. Falando Brasileiro nos conta as histórias dessa reunião de poemas musicais nacionais.
SINHÔ (1888 – 1930) | Jura (1928) – adap. Quinta Essentia |
R. DOS SANTOS (1953) | Choro do Fábio (1980) |
A. C. JOBIM (1927 – 1994) | Desafinado (1963) – arr. Paul Leenhouts (1957) |
M. NASCIMENTO (1942) e F. BRANT (1946) |
Ponta de Areia (1975) – adap. Quinta Essentia |
E. ESCALANTE (1937) | Quatro Peças para Flauta Doce (2011) Canoa (barcarola), Fugato (chorinho), Embolada, Moderado |
GUINGA (1950) | Choro pro Zé (1992) – arr. Rafael dos Santos (1953) |
E. ESCALANTE (1937) | Quarteto nº 1 “São Paulo” (1974) Paisagem, Modinha (Jardim da Luz), Dança (Trenzinho da Cantareira), Rondó (Metrô) |
C. GUERRA-PEIXE (1914 – 1993) | 1.a Suite Infantil (1944) ponteio, valsa, choro, seresta, achechê |
B. KIEFER (1923-1987) | Poemas da terra (1976) 1, 2, 3, 4 e 5 |