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Na Trilha do Jogo

A flauta doce é um instrumento musical fantástico. Sua história e suas associações com a literatura nos permitem ir além. 
Era um sonho antigo do grupo fazer um repertório recheado de trilhas musicais e assim, poder aproximar a flauta doce de um novo público.
Começamos este jogo!
Passamos estes dois últimos anos nos adaptando à pandemia. À medida em que era possível voltarmos a ensaiar, fomos dando forma para os arranjos incríveis que o Gustavo de Francisco elaborou para este projeto.
Trilha de games e cartoons com flauta doce! Dá pra brincar de ouvir e adivinhar o tema. Vamos ver quem consegue o melhor placar!
Depois destes anos de incertezas, nós quatro conseguimos enxergar o nosso placar vencedor, pois nos divertimos muito para concretizar este projeto. E agora, convidamos você para jogar conosco!

Blok

Depois do grande sucesso de seu álbum A Arte da Fuga, o Quinta Essentia mostra um panorama mais abrangente da música barroca alemã.

Algumas peças são icônicas e muito conhecidas do grande público, e não poderiam ficar de fora desse repertório, como a Passacaglia em dó menor de J. S. Bach.

Também escolhemos peças do compositor alemão mais bem sucedido dessa época G. P. Telemann, que também leva o título de compositor mais prolífico de todos os tempos com seu nome no livro dos recordes por mais de 3000 obras musicais compostas.

Dois compositores menos conhecidos, porém tão brilhantes quanto os outros: D. Buxtehude muito conhecido pelos organistas já que ele compôs grande parte do repertório para órgão, além de ter sido nada menos do que professor de J. S. Bach; e G. Muffat, que reuniu os dois grandes estilos da música barroca, o italiano e o francês, tendo estudado com Jean Baptiste Lully na França e tendo contato com Arcangelo Corelli em Roma, e trazendo para a Alemanha o estilo dos gostos reunidos, também conhecido como Les Goûts Réunis.

Estações Impressionistas

Este projeto homenageia a grande professora que influenciou fortemente a música nas Américas: Nadia Boulanger.

Nadia conviveu com compositores como Debussy e Ravel em Paris, e foi aluna de Gabriel Fauré e Igor Stravinsky no Conservatório de Paris. Mas o seu maior feito, foi como professora, por ter formado muitos dos compositores renomados do séc. XX: Almeida Prado, D. Barenboim, A. Copland, J. Coulthard, D. Diamond, J. E. Gardiner, E. Gismonti, P. Glass, J. Horovitz, Q. Jones, M. Legrand, J. Menuhin, Á. Piazzolla, C. Santoro, R. Shafer e J. Wood. É incrível notar que dentre seus alunos, muitos foram bem sucedidos e renomados compositores, o que nos mostra o quanto o trabalho de um professor artista é fundamental.

Por esta razão, escolhemos obras que de alguma forma se relacionam com essa grande professora, sendo algumas delas de seus influenciadores como Debussy e Ravel, e outras de um de seus pupilos, Ástor Piazzolla, que faz um contraponto estilístico com o restante do repertório, além é claro, de demonstrar um estilo muito próximo da nossa cultura.

Nadia Boulanger se torna a mentora artística deste trabalho, por seu exemplo, por seu trabalho, e por sua grande contribuição para o desenvolvimento da música nas Américas.

Caboclo

Este trabalho do Quinta Essentia quarteto apresenta a música de quatro compositores brasileiros consagrados, assim como também suas histórias e lendas.

Sobre Heitor Villa-Lobos, talvez o maior compositor brasileiro reconhecido internacionalmente, destacamos duas de suas séries composicionais: As Bachianas Brasileiras e os Chôros. O grupo apresenta a Ária das Bachianas nº 5, tão conhecida do grande público, e o Chôros nº 4, considerado pelo compositor “o mais significativo dos Choros na sua forma e significação elevadas”, ou também como citado por outros autores como a imagem da vida popular dos subúrbios das grandes cidades, cujas melodias possuem um lirismo irônico, baseado na forma tradicional das músicas populares de dança das sociedades oriundas do estrangeiro.

De César Guerra Peixe, ressaltamos a sua paixão pelo folclore pernambucano, quando em 1949, visitou Recife e aceitou contrato de uma emissora local para estudar “in loco” os aspectos menos conhecidos desta tradição, que resultou numa obra muito característica e emblemática deste estilo: o Mourão, onde os sons dos pífaros e rabecas se unem no ritmo do Maracatu.

De Radamés Gnattali, demonstramos o seu estilo que apresenta grande domínio dos ritmos brasileiros e harmonias não convencionais, transcendendo preconceitos trazendo para a música de concerto as características dançantes e as lindas melodias da música brasileira. Um convidado de honra deste trabalho, que nos brinda com seu Quarteto nº 3 e outras obras, originais para quarteto de cordas e arranjadas pelo Quinta Essentia para flautas modernas.

E para terminar, apresentamos a obra Flautata Doce de Daniel Wolff, professor doutor de Violão do Brasil e grande compositor com um prêmio Grammy de melhor composição e arranjo instrumental em seu currículo, o qual presenteou o Quinta Essentia com sua obra composta em 2013 para esta formação.

Da mistura de branco com índio e da mistura de elementos europeus e africanos; Quando mesclamos a instrumentação de origem europeia com o complexo da música brasileira temos o que chamamos de Caboclo. Da lenda, da música, da mistura, a sonoridade do repertório Caboclo para quarteto de flautas doces ficará marcada na memória auditiva daquele que está aberto para ouvir!

Resumo

Da mistura de branco com índio e da mistura de elementos europeus e africanos; Quando mesclamos a instrumentação de origem europeia com o complexo da música brasileira temos o que chamamos de Caboclo. Da lenda, da música, da mistura, a sonoridade do repertório Caboclo para quarteto de flautas doces ficará marcada na memória auditiva daquele que está aberto para ouvir!

A Arte da Fuga

A fuga, uma forma ou maneira de escrever música que existe desde a Renascença, teve seu auge no período barroco graças ao mestre das fugas Johann Sebastian Bach (1685-1750). O ilustre compositor alemão nos deixou um manuscrito à 4 vozes sem indicação de instrumentação intitulado “Die Kunst der Fuge” – A Arte da Fuga.

Essa obra prima, que Bach compôs no fim de sua vida, nos deixa perplexos pela sua perfeição e pelos enigmas musicais de seu legado. Um ‘prato cheio’ para o Quinta Essentia quarteto, o qual tem como fundamento a divulgação das possibilidades de um instrumento musical cujo auge se deu no período de excelência das fugas, o barroco.

Esse exemplo de Bach, nos apresenta sua versatilidade e criatividade dessa maneira de compor 90 minutos de música em ré menor. Variações matemáticas de contrapontos, fugas simples, fugas espelhadas, fugas duplas e triplas que se não nos importarmos com os meandros dessa arte, ao nos deliciarmos com a música, basta apenas ouvir as infinitas possibilidades de brincar com a matéria da arte musical: o som.

Seria A Arte da Fuga uma obra inacabada, ou Bach teria escrito parte da obra e convidado outros compositores a terminá-la? O que é certo, é que ele assina musicalmente a obra em seu último tema B-A-C-H, fazendo uso das notas musicais sib-lá-dó-si. 270 anos mais tarde, o Quinta Essentia nos apresenta esta grande obra em instrumentos musicais históricos.

A Arte da Fuga demonstra o completo domínio de Bach da mais complexa forma de expressão musical dentro da música erudita, conhecida como contraponto, e o completo domínio do Quinta Essentia quarteto da arte de fazer música com flautas doces.

 

Resumo

A obra prima do ilustre compositor Johann Sebastian Bach, composta no fim de sua vida, nos deixa perplexos pela sua perfeição e pelos enigmas musicais de seu legado. Seria esta obra inacabada, ou Bach teria escrito parte da obra e convidado outros compositores a terminá-la? O que é certo é que ele assina musicalmente a obra em seu último tema, e 270 anos mais tarde, o Quinta Essentia nos apresenta esta grande obra em instrumentos históricos.

Falando Brasileiro

Fazer música de câmara com flautas doces é transitar no velho e no novo mundo das expressões musicais. No Brasil, a relação com o antigo nos fascina pelo risco criativo que corremos em nossas interpretações de um texto musical. Artisticamente, temos a liberdade que a licença poética nos oferece através do distanciamento do convívio das regras estéticas da música européia. Já a relação com o novo, tem o gosto da vanguarda, do “estar à frente”, abrindo novos cenários para o instrumento estrangeiro, dentre eles, o universo da música brasileira.

Este repertório apresenta o conceito de que só se mantém um instrumento musical vivo enquanto intérpretes fizerem uso do mesmo e, enquanto compositores se interessarem por escrever e arranjar música para esse instrumento ou determinada formação instrumental.

O Falando Brasileiro está recheado de composições originais para flautas doces e de arranjos de melodias consagradas. Algumas obras foram compostas ou arranjadas especialmente para o grupo, fruto do trabalho de parceria que o grupo desenvolve com outros músicos.

Dentre as composições originais, apresentamos uma peça do compositor argentino radicado no Brasil, Eduardo Escalante, que foi composta na década de 70 em meio a efervescência da flauta doce na cidade de São Paulo. Escalante retoma a escrita para quarteto de flautas doces em 2011, dedicando uma peça ao Quinta Essentia quarteto, a qual também incluímos nessa coletânea.

O compositor alemão radicado no sul do Brasil, Bruno Kiefer (1923-1987), afirmava que o “artista deve ter raízes na terra”. Segundo ele, os artistas devem compreender a natureza dos assuntos econômicos, políticos e sociais através dos poetas. Por isso, seus Poemas da Terra, original para flautas doces, é apresentado aqui como um exemplo de texto musical desse compositor.

A flauta doce, com o Quinta Essentia quarteto, fala brasileiro.

Aos compositores que buscam a sonoridade brasileira para as suas composições, e aos arranjadores que buscam o sotaque brasileiro à sua criação musical, eis o exemplar.

Com este novo trabalho, utilizando instrumentos que proporcionam uma “fala”, o grupo apresenta o “sotaque” brasileiro: uma mistura de diferentes ritmos herdados da música africana e da fluente melodia herdada da música européia.

Falando Brasileiro é como o Quinta Essentia nos conta as histórias dessa reunião de poemas musicais nacionais. Desta maneira, o Quinta Essentia divulga música brasileira para flauta doce não-conhecida do grande público, e faz arranjos para o instrumento de peças consagradas, contribuindo para a literatura e prática da flauta doce.

 

Resumo

O Falando Brasileiro está recheado de composições originais para flautas doces e de arranjos de melodias consagradas. Com este novo trabalho, utilizando instrumentos que proporcionam uma “fala”, o grupo apresenta o ‘sotaque’ brasileiro: uma mistura de diferentes ritmos herdados da música africana e da fluente melodia herdada da música européia. Falando Brasileiro nos conta as histórias dessa reunião de poemas musicais nacionais.

Instrumentarium

“Mas…, que flautas são essas?”

A flauta possui uma família de instrumentos de diferentes tamanhos e timbres. O Quinta Essentia utiliza diversas flautas em suas interpretações. Os instrumentos são escolhidos de acordo com a sua sonoridade para que o grupo atinja um melhor resultado a cada novo trabalho.

Tocar em cópias de instrumentos musicais históricos, de vários períodos da história da música ocidental, é parte da pesquisa que o Quinta Essentia desenvolve: uma performance historicamente orientada da música para quarteto de flautas. Além da busca de diferentes timbres, efeitos e técnica, aliados ao trabalho de investigação e preparação do repertório atual para esses instrumentos.

Desta maneira o grupo possui cópias de instrumentos renascentistas: um “consort” de 9 flautas de diferentes tamanhos e tessituras construído pelo luthier britânico Adrian Brown. Cópias de instrumentos barrocos dos séc. XVII e XVIII construídos por diversos luthiers de diversos países (Holanda, França, Alemanha, Inglaterra, Suíça, Canadá, Japão, Brasil). E também instrumentos modernos como as flautas quadradas, ou como são conhecidas no mundo, as square recorders.

A flauta quadrada é resultado da pesquisa dos construtores alemães Joachim e Herbert Paetzold. Na literatura existem instrumentos de diferentes tamanhos, que normalmente são cilíndricos. O luthier Herbert Paetzold construiu flautas quadradas como as correspondentes cilíndricas baseando-se no órgão, pois os tubos que compõem esse instrumento funcionam como flautas. Existem órgãos em que os tubos internos são quadrados e feitos de madeira. Partindo desse princípio, Paetzold construiu as square recorders. As flautas quadradas, em relação às suas correspondentes cilíndricas, são menores em comprimento e possuem uma resposta presente de articulação, o que proporciona um grande diferencial sonoro para interpretação da música moderna, contemporânea e popular brasileira. O trabalho de construção das flautas quadradas atualmente é feiro por Jo Kunath.

Além das flautas quadradas, o Quinta Essentia também utiliza outras flautas modernas como as flautas Helder, as flautas harmônicas Tarasov, as flautas dos sonhos ou Dream Recorders, e também a flauta Eagle. Esses instrumentos, que têm como foco ampliar as capacidades sonoras de uma flauta tradicional, possuem mecanismos que permitem desde a realização de sons suaves com perfeição até a mudança de timbre. São instrumentos incríveis e que atendem plenamente a necessidade tanto de uma sonoridade robusta como de uma sonoridade leve e delicada, sendo desenhados para se executar obras dos séculos 20 e 21 com excelência.

Flautas barrocas A=442Hz

  • Garklein – Kueng
  • Sopranino Denner – Mollenhauer
  • Soprano – Aesthé
  • Soprano Denner – Mollenhauer
  • Soprano de transição – Doris Kulossa
  • Soprano – Marcos Ximenes
  • Contralto Bressan – Etienne Holmblat
  • Contralto Denner-Edition – Mollenhauer
  • Contralto Marsyas – Kueng
  • Tenor Bressan – Marcos Ximenes
  • Baixo YRB-61 SP – Yamaha
  • Grande-Baixo YRGB-61 – Yamaha

Flautas barrocas históricas A=415Hz

  • Sopranino – Roberto Holz
  • Soprano Terton – Hans Coolsma
  • Soprano – Takeyama
  • Soprano – Roberto Holz
  • Soprano 4.a flauta em Si bemol – Tim Cranmore
  • Contralto em G Bressan – Etienne Holmblat
  • Contralto Denner – Roberto Holz
  • Contralto Denner – Doris Kulossa
  • Contralto Debey – Peter van der Poel
  • Voice Flute Denner – Peter van der Poel
  • Voice Flute Bressan – Roberto Holz
  • Tenor – Takeyama
  • Tenor 4.a flauta em Si bemol – Tim Cranmore
  • Baixo YRB-61 SP MJB-415 – Yamaha
  • Grande-Baixo YRGB-61 MJGB-415 – Yamaha (feita especialmente para o 5E)

Consort renascentista Bassano A=466Hz – Adrian Brown

  • Soprano D
  • Soprano C
  • Contralto G
  • Contralto G
  • Contralto F
  • Tenor C
  • Tenor C
  • Basseto F
  • Basseto F
  • Baixo em Bb

Flautas modernas A=442Hz

  • Soprano Moderna Mollenhauer
  • Soprano Moderna Mollenhauer
  • Contralto Moderna Mollenhauer
  • Contralto Eagle Adri Breukink
  • Contralto Helder (Special edition by Karel van Steenhoven 2015′) Mollenhauer
  • Contralto Elétrica Elody Mollenhauer
  • Tenor Helder Mollenhauer
  • Tenor Superio Kueng

Flautas dos sonhos A=442Hz

  • Soprano Dream Edition Mollenhauer
  • Soprano Dream Edition Mollenhauer
  • Contralto Dream Edition Mollenhauer
  • Tenor Dream Edition Mollenhauer
  • Baixo Dream Edition Mollenhauer

Flautas quadradas A=442Hz

  • Basseto F Paetzold/Kunnath
  • Grande-Baixo C Paetzold
  • Contrabaixo F Paetzold
  • Sub-Grandebaixo C Paetzold

Projeto Identidade

 

Chamada permanente para compositores/arranjadores

A literatura dos instrumentos musicais foi acrescida através do incentivo proporcionado por parcerias entre intérpretes e compositores. Por volta da década de 1940, a flauta doce, um instrumento musical extremamente antigo, assumiu novamente o seu papel artístico e, mais tarde, o seu papel na educação musical.

Na década de 20, Arnold Dolmetsch (1858-1940) iniciou a construção de flautas doces no Reino Unido. Mais tarde, em 1926 na Alemanha, suas flautas foram tocadas iniciando assim um forte movimento do instrumento naquele país. Por volta dos anos 30, ainda na Alemanha, a flauta doce foi se estabelecendo como instrumento para crianças e, em 1932, Hindemith (1895-1963) escreve seu trio para flautas doces.

Todos os filhos de Dolmetsch tocavam instrumentos musicais porém, Carl Dolmetsch (1911-1997), seu filho caçula, era um virtuose da flauta doce. Pouco tempo depois muitos compositores escreveram para Carl dentre os quais estão Arnold Cooke (1906-2005), Georges Migot (1891-1976) e Hans Gal (1890-1987). Foi através desta iniciativa que hoje podemos contar com obras importantes de diferentes linguagens e de grande valor técnico e musical para a flauta doce.

O mesmo ocorreu na década de 1960 na Holanda, com compositores europeus e japoneses escrevendo música para o grande intérprete da flauta doce no momento: Frans Brüggen (1934-2014).

No Brasil, na década de 1970, com os concursos de flauta doce do Conservatório do Brooklin em São Paulo, muitos compositores também se dispuseram a escrever, e hoje, deste movimento nos restam obras de grande importância para a literatura brasileira da flauta doce. Como quarteto, os flautistas do Quinta Essentia contribuem para que esses movimentos composicionais não terminem. Por este motivo criamos o Projeto Identidade.

Na busca pelo repertório para quarteto de flautas doces surgiu a vontade de interpretar peças inéditas e arranjos e divulgá-las para que se tornem acessíveis a todos que desenvolvem trabalhos com a flauta doce. Ampliando as possibilidades de repertório, o Projeto Identidade é uma contribuição do Quinta Essentia para com a flauta doce e a sua literatura.

O projeto IDENTIDADE é uma parceria.

O Quinta Essentia coloca-se à disposição de compositores que queiram escrever para flauta doce e para a formação quarteto desse instrumento, comprometendo-se a participar do processo de composição auxiliando na busca da resolução de aspectos técnicos do instrumento e principalmente na divulgação da obra em concertos e em futuros registros fonográficos.

Infelizmente nem todas as obras enviadas serão apresentadas em concertos ou registradas em CD, pois essas escolhas dependem das propostas artísticas do grupo. Contudo, temos um projeto de disponibilizar essas músicas de maneira gratuita através do nosso site para divulgar o trabalho desses compositores e também esse repertório. Essa elaboração acontecerá em breve para a ocasião da comemoração dos 10 anos do grupo (2016), mas dependemos de patrocínio.

Em 2007 iniciamos este projeto recebendo obras e contatos de vários compositores interessados, o que possibilitou a estreia de algumas peças no Concurso Nacional Jovens Cameristas Petrobrás em Londrina no Paraná e registro fonográfico em nossos CDs.

Compositores e arranjadores que estão colaborando com o Quinta Essentia desde 2007:

  • Alfredo Votta com as composições “Per noctes” e “Veni Creator Spiritus”
  • André Vidal com a composição “Ad Libitum”
  • Antonio Celso Ribeiro com a composição “Le Jeu du Roi qui Jamais ne Ment” – apresentada no concurso Petrobrás (2007)
  • Calimerio Soares (1944-2011) com a composição “Prá lá, Prá cá!”
  • Cláudio Menandro com o arranjo “Descascando Uva” – CD La Marca (2008)
  • Daniel Wolff com a composição “Flautata Doce” – abertura do site (2015) e SACD Caboclo (2020)
  • Eduardo Escalante com a composição “Quatro Peças para Flautas doces” – CD Falando Brasileiro (2014)
  • Fábio dos Santos com o arranjo da “1ª suite infantil” de Guerra-Peixe – CD Falando Brasileiro (2014)
  • Fernando Mattos com a composição “Aos Quatro Ventos”
  • Julio Bellodi com a composição “Sonho Novo” – CD La Marca (2008)
  • Leonardo Aldrovandi com a composição “Itaquera”
  • Marcel de Carvalho com as composições “Primeiro amor” e “Penta”
  • Paul Leenhouts com o arranjo de “Desafinado” de Tom Jobim – CD Falando Brasileiro (2014)
  • Rafael dos Santos com o arranjo de “Choro pro Zé” do Guinga – CD Falando Brasileiro (2014)
  • Sérgio “Torquato” Leal com a composição “A ninfa perdida na metrópole”
  • Tim Rescala com a composição A Banda de Pífaros do Rei Arthur – SACD Caboclo (2020)

Sobre o instrumentarium disponível

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O Quinta Essentia Quarteto utiliza instrumentos antigos e modernos, e cada um dos instrumentos possui características próprias de timbre, tessitura, e técnica. Para conhecer quais instrumentos são usados pelo grupo, acesse nossa página do Instrumentarium.

A flauta doce encanta o público e os artistas pela sua simplicidade, e ao mesmo tempo, exige dos músicos uma grande flexibilidade na expressão musical, e demanda dos flautistas profissionais uma grande quantidade de instrumentos ao apresentar repertórios variados.

Dentre todos os instrumentos, talvez a flauta doce seja o instrumento que permite a maior variação de articulação, pois literalmente falamos ao tocar, fazendo da articulação a maior característica da flauta doce. Desde a ausência da  articulação até um ataque explosivo, o músico mostra sua criatividade musical com a mistura da técnica do ar com o movimento da língua ao tocar, parte esta que é geralmente subestimada por àqueles que desconhecem a flauta doce. Os dedos acabam sendo a parte mais simples e visual na técnica do instrumento.

A flauta doce não é um instrumento temperado, pois podemos mudar a afinação durante a performance de várias maneiras: pela pressão do ar, por dedilhados alternativos ou mesmo por alterações no instrumento. Fato este que permite que a flauta doce toque em diversos temperamentos diferentes, desde o temperamento igual ou temperado da música moderna, usando microtons, e até a chamada Afinação Justa ou Pura, variando a afinação das notas conforme sua função na harmonia e em cada acorde.

Além da técnica básica, a flauta doce permite diversos efeitos e técnicas usadas na música contemporânea, das quais cito alguns:

  • Frulato – feito vibrando a língua ou garganta ao soprar
  • Ruído branco – soprar na janela ou em um furo, produzindo som sem altura definida
  • Glissando
  • Vibrato de dedo
  • Micro-intervalos
  • Multifônicos – dedilhados especiais que produzem dois ou mais sons simultâneos com uma espécie de oscilação
  • Humming – cantar enquanto toca

Flautas barrocas

As flautas barrocas são as flautas doces mais conhecidas e utilizadas. Todas elas possuem tessituras de pelo menos duas oitavas e uma segunda maior, e os instrumentos geralmente são afinados em Dó ou Fá (ver tabela de tessituras acima), porém não exclusivamente nestas notas. A penúltima nota da extensão na região aguda (Dó# nas flautas em dó e Fá# nas flautas em fá) é obtida tampando o orifício inferior do instrumento com a perna, e por isso não pode ser alcançada em passagens muito virtuosísticas. Além disso, alguns instrumentos permitem notas mais agudas que as descritas na tabela em uma segunda ou terça, porém geralmente o som será gritado e em alguns casos, ligeiramente desafinado.

Flautas modernas

As flautas modernas foram desenvolvidas por alguns luthiers buscando a melhoria de alguma característica, tais como timbre, tessitura ou dinâmica. Em nosso blog, você encontrará um artigo que explica sobre toda A Família da Flauta Doce.

Ainda sobre a tessitura destes instrumentos, temos as flautas quadradas (baixo, grande-baixo, contrabaixo e sub-grandebaixo) com a mesma tessitura das barrocas, e as flautas harmônicas Eagle, Tarasov e Helder que possuem tessitura ampliada, porém as notas da 3.a oitava não permitem passagens muito virtuosísticas.

Flautas renascentistas

Estes instrumentos foram desenvolvidos para serem tocados apenas em grupos homogêneos e usados como um coro. A sua tessitura é menor que as flautas barrocas, tendo apenas uma oitava e uma sexta no total, embora alguns instrumentos específicos (geralmente os mais agudos) possam tocar notas além da sua tessitura normal com dedilhados especiais.

Estas flautas possuem tubo largo, a mesma característica que limita a sua extensão dá à ela um grande diferencial no timbre que é brilhante e agradável, geralmente considerada pelos flautistas em todo o mundo o modelo sonoro da flauta doce. Também por causa das suas dimensões internas, o seu dedilhado é mais complexo do que a flauta barroca, e a sua afinação é baseada em terças puras no temperamento Mezzotônico. Por esta característica, o melhor resultado sonoro se dá pela utilização da escala diatônica natural do instrumento, evitando assim os dedilhados de forquilha que produzem um som menos brilhante e velado.

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